O “Março Mulher” para as zungueiras, não será igual ao “ Abril Mulher” e nem nos próximos meses, Por Carlos Lopes do Bloco Democrático


O “Março Mulher” para as zungueiras, não será igual ao “ Abril Mulher” e nem nos próximos meses, Por Carlos Lopes do Bloco Democrático

Carlos Lopes
https://www.facebook.com/carloslopes.angolapode

Recordando aquilo que foi dito em Outubro de 2012, pelo Governador da Província de Luanda, Bento Sebastião Francisco Bento, que a proibição da venda ambulante em Luanda seria uma das medidas consideradas urgentes e relembrando, o que milhares de zungueiras ouviram “encantadas” no dia 14 de Março de 2014, no encontro que decorreu sob o lema “organizemos e defendamos com segurança, o nosso pequeno negócio”, promovido pelo mesmo, no Pavilhão Principal da Cidadela Desportiva, que o Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, orientou a elaboração de um "rigoroso" inquérito visando constatar e punir efetivos da fiscalização e da Polícia Nacional em Luanda”, que enveredassem por práticas impróprias contra vendedores dos mercados formais e informais.

Vem agora, o Presidente da Comissão Administrativa da Cidade de Luanda (CACL), o General José Tavares Ferreira, dizer que “até a próxima terça-feira (08/04), não quero ver nenhuma zungueira na rua”.

Perante estas tomadas de posições públicas, continuamos a ver as nossas mamãs zungueiras nas ruas em Luanda, só que, quando elas circulam nas artérias da capital, a venderem para alimentar as suas famílias, porque não têm emprego nem outra forma de sobrevivência, não sabem se o fiscal que lhes aparece, vai cumprir a ordem do Governador, que foi emanado do Presidente da República, ou a do Presidente da Comissão Administrativa de Luanda.

Mas, os que as nossas zungueiras têm a certeza, é que a suas vidas não vão ser fáceis perante as contradições superiormente emanadas e que os fiscais, vão continuar a agir de acordo com seu livre arbítrio e impunes nos seus atos, contra elas e os bens que possuem.

Esta é a má imagem que o Executivo Angolano dá ao Povo, de que não sabe e não quer, satisfazer as suas necessidades básicas, melhorar as suas condições de vida e por consequência o Direito a Indignação pacificamente considerado, é permanente para a maioria dos angolanos que vivem na pobreza.

FONTE: http://angolasempre.blog.com/2014/04/10/o-%E2%80%9Cmarco-mulher%E2%80%9D-para-as-zungueiras-nao-sera-igual-ao-%E2%80%9C-abril-mulher%E2%80%9D-e-nem-nos-proximos-meses/

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http://www.youtube.com/watch?v=4oq8yyhbMfw